Alternativas para torra e despeliculagem no processo de beneficiamento de amêndoas das castanhas de caju
A design Rafaela D. Almeida, doutoranda em engenharia de processos, vem estudando, orientada pelos doutores professores Maria Elita Martins Duarte e Mário Eduardo R.M.C. Mata, novas alternativas para beneficiamento da castanha de caju. A mesma, produzida e beneficiada no Nordeste brasileiro, possui grande aceitação, agradando aos paladares mais exigentes e possui importância relevante do ponto de vista da exportação, porém sofre limitações tecnológicas em seu processamento, que afetam os padrões de qualidade e que prejudicam seu rendimento industrial. Dentre os atributos requeridos para exportação, os mais afetados por problemas de processamento são a integridade física e a cor resultante do processo de fritura, que acaba por afetar a aparência do produto. O melhoramento desses parâmetros depende, basicamente, de duas etapas do processamento que são a fritura e o despeliculamento, que tem sido o foco da pesquisa.
A retirada da película é a grande responsável pelos altos índices de quebra da amêndoa e a etapa de fritura exerce influência direta na cor do produto. Por estes motivos, os maiores gargalos tecnológicos sofridos pela indústria de beneficiamento da castanha encontram-se nestas duas etapas, apesar de não serem as únicas responsáveis pelos danos. Com este estudo a pesquisadora tem buscado propor uma metodologia diferente da que é normalmente utilizada nas indústrias de processamento de castanha de caju, almejando-se a possibilidade de diminuir os danos causados nestas duas etapas. Dessa forma, a partir das etapas de processamento atualmente praticadas, pretende-se realizar alterações de ordem e de procedimento de algumas etapas, principalmente da retirada da película, e na forma de fritura da amêndoa. Pretende-se substituir a etapa de fritura que, geralmente, é feita com óleo vegetal, por uma secagem natural, onde se combinam altas temperaturas com altas velocidades do ar de secagem, e ainda, algumas mudanças nos procedimentos de despeliculagem. Com estas alterações pretende-se manter a cor clara da torra, conforme requerido pelo mercado, obter maior padronização e uniformidade de cor das amêndoas, além de diminuir o índice de quebra e retirar a etapa de fritura em óleo, eliminando as desvantagens próprias da fritura, que acaba por ser agregada ao produto.
Metas pretendidas com o estudo:
- Aumentar a receita por disponibilizar maior parcela da produção ao mercado externo, sem aumento de área plantada, apenas pela otimização das etapas de processo, que da forma como é feita atualmente conduz a um alto índice de quebra, queima e torra irregular da amêndoa.
- Entregar um produto mais saudável, uma vez que se pretende substituir a etapa de fritura em óleo por uma torra onde se combinam alta velocidade do ar de secagem com altas temperaturas.
Redes Sociais